4th Portuguese International Mid-Amateur Championship

Antes de começar propriamente, uma questão para vocês: 

Would you rather... Jogar à chuva (literalmente temporal, com algum vento à mistura) OU apenas chuva/vento?

Deixem-me como resposta a este post porque realmente gostava de saber.



Honestamente, depois deste torneio acho que me viro para o 100% vento. Chuva? QUE PESADELO! Epá, recuso-me, desculpem.

Mas vamos ao que interessa: durante o fim de semana prolongado - dias 30, 31 de outubro e dia 1 de novembro - jogou-se o 4º Portuguese International Mid Amateur Championship - daqui para a frente descrito como PIMAC e apoio a criação desta sigla - em Tróia, essa bela localidade (que durante o inverno parece uma cidade fantasma).

Já estive presente duas vezes neste torneio mas, desta vez, foi a minha primeira vez como jogadora. As restantes duas foi como jornalista. 





Avizinhava-se um fim de semana bastante complicado em termos de meteorologia e só segunda-feira dava sinais de melhoria. Sabem que mais? FOI DITO E FEITO. 


Sábado, a competição atrasou umas duas horas devido à chuva e vento fortes que, pelo que entendi, foi em praticamente todo o país. Acabou por se iniciar a prova às 10h45 em modo shot-gun. Eu e a minha parceira destas aventuras Mid-Amateurs, Mafalda Magalhães, ainda tínhamos uma esperança de ficar no quentinho do quarto do hotel e evitar este temporal mas, como se costuma dizer, temos pena.


Green do buraco 12

Eu comecei do 18º buraco e quando cheguei ao 8º - apesar de estar a chover praticamente de forma constante - a chuva aumentou e alagou o green. Toda a minha formação concordou que estava impossível de se jogar mas sem ordens de paragem, lá continuámos. Por fim, chegando ao green do 12 - onde a formação da frente também aguardava por nós e por um dos árbitros - foi determinado o momento em que se suspendeu aquela volta. O green estava impossível de se jogar, como podem ver pelas imagens. 

Green do buraco 12

Green do buraco 12

Foi uma decisão acertada: o tempo não iria melhorar e o campo não iria recuperar a tempo para que toda a gente terminasse a primeira volta. Já no clubhouse, recebemos indicação que a prova seria cancelada e que se jogaria novamente no dia seguinte, contando apenas essa e a volta de segunda-feita como voltas válidas para a competição.

Só para vocês entenderem o quanto chovia, o vídeo abaixo mostra-vos o buraco 11 e a chuva que caia na altura antes de o torneio ser suspenso.




Chegadas ao hotel, limitámo-nos a estender tudo, ficando o quarto a parecer a feira da ladra - pudera, há coisas que são impermeáveis mas ao fim de 5/6h deixam de ser...

Domingo não se mostrou muito melhor mas, comparativamente à tempestade por que passámos no dia anterior, foi em menor quantidade. Mesmo assim, a chuva e o vento prejudicaram o meu jogo: total de 23 acima - extremamente longe daquilo que eu sei e consigo fazer. 

Não vou esconder que me enervei porque foi exatamente isso que aconteceu: senti-me totalmente derrotada e com um mood muito em baixo ao fim desta volta (que, só para terem noção, era pior que a volta que estava a fazer no sábado com um tempo muito pior!). 

É claro que no golfe nem tudo pode correr bem, a parte mental é tão ou mais importante que a parte física e eu, mesmo levando quase um quarto de século disto, continuo com dificuldades nesse departamento.

Finalmente, segunda-feira, último dia de prova e somos, diria eu, literalmente abençoados quando, no driving range, cai uma chuvada rápida. A única (felizmente)! Para a última volta, joguei com a querida Madalena Costa Macedo e tive a oportunidade de conhecer uma jogadora da Alemanha, Franziska Reisch, um amor de pessoa! Depois entendo por que raio tive de jogar tão mal no domingo: o universo sabe mesmo o que faz. 😊

Obviamente que não resisti em tirar uma selfie com ela hahah



Digo-vos, foi uma formação tão boa que acabámos por nos divertir bastante! Graças a isso, concentrei-me até, talvez, mais e consegui terminar com 9 acima (com um chip-in incrível no 12)! Um resultado muito mais em linha do que costumo fazer e do qual me sinto orgulhosa, claro.

Hora dos prémios e resultados: terminei em 5º lugar Senhoras - classificação essa que não estava nada à espera mas que lutei para a alcançar e mereço - e, na ordem de mérito ROAD TO TROIA ganhei o 2º lugar no Ranking Ouro (classificação gross) e o 1º lugar no Ranking Prata (classificação Net).







A vencedora foi a Caroline Gassauer, da Austria. Uma incrível jogadora, com um domínio mental fantástico e com quem tive a honra de jogar logo no primeiro dia - que acabou cancelado.


As emoções, sem dúvida, estiveram ao rubro durante estes 3 dias e vou continuar a lutar para ser ainda melhor e superar-me cada vez mais. Talvez um dia levante aquela taça... Até lá, há muito golfe para jogar, muitos desgostos para sofrer e muitas alegrias para viver. No fundo... é isso que o golfe é.








Um grande obrigada à FPG pela organização de mais uma edição do PIMAC; aos árbitros incríveis e incansáveis pelas ajudas, esclarecimentos e apoios; ao campo de Tróia (neste caso, ao Alexandre Barroso) que, mesmo com o terrível temporal, o campo mostrou-se capaz de recuperar bastante bem; à Mafalda Magalhães, parceira incansável nestas aventuras de todo o terreno; e por fim aos que me apoiam dentro e fora de campo e também pelo mundo fora! Uma pessoa de certa forma já é mais internacional do que pensa hahaha. 


Estou só a começar...
Beijinhos golfistas,
mmap

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