Falhei o cut... mas valeu a pena

Boa noite amigos golfistas e não golfistas!

Mais uma vez, long time no see. Se andasse a escrever constantemente neste meu cantinho, parecia estranho, certo? Por isso, depois de uns meses "desaparecida" - vocês podem-me encontrar principalmente no instagram - voltei para fazer um desabafo.

Após 3 anos consecutivos a visitar e a fazer a cobertura (como jornalista mas também como criadora do meu próprio conteúdo) do OPEN DE PORTUGAL, este foi o primeiro ano em que não consegui estar presente em nenhum dia.

A vida, por vezes, mete-se com muitos planos e é difícil conciliar tudo. 

Muitos de vós sabem o quão especial o Open é para mim mas, para quem não sabe, irei resumir: integrei a equipa de media do Open de Portugal em 2020 - quando era jornalista - e vivi muito intensamente aqueles 5 dias. Do apartamento onde fiquei, das pessoas que passei a conhecer, conviver e trabalhar com, do ambiente e do próprio campo. 

Estando no pico da pandemia da COVID-19, o primeiro dos 5 dias foi a realizar o teste e esperar o negativo para que pudéssemos entrar na "bolha". E uma vez na "bolha", não podíamos sair. Por isso, vivi os dias muito intensamente e conheci pessoas incríveis - tanto da federação como das restantes equipas media. Por isso, um obrigado público (novamente) ao staff da Federação, fotógrafos, jornalistas e cameramans, sem esquecer o Carlos Sousa e o Hugo Ribeiro pois deram-me uma ajuda incrível quando era tão verdinha - com o seu apoio eu criei peças que passaram na RTP1!

Já nos dois anos seguintes fui em modo solo, criando conteúdo para o meu canal de youtube. Acompanhei os tugas, fiz-lhes entrevistas à minha maneira e diverti-me imenso! Em 2022 ainda fui convidada para participar no PRO-AM, o que foi uma experiência incrível (e que amava repetir) e tive, no último dia de jogo dos profissionais, a presença do meu homem, o que tornou a coisa ainda mais especial.


Desde a primeira experiência, em 2020, que tenho uma gratidão enorme para com o evento do OPEN DE PORTUGAL. Sei o trabalho que está por detrás de tanta cobertura e sei, ao mesmo tempo, o quão gratificante é ver um trabalho bem feito.

Infelizmente, o golfe não é um desporto muito bem visto em Portugal e mesmo fazendo cobertura para mostrar que o golfe é incrível, posso não ter muita gente a ver. É criticado por ser muito caro, "só para velhos" e, principalmente, parado. Entendo todos estes pontos de vista mas facilmente podem ser corroborados:

  • Aluguem o material, comprem em 2ª, 3ª, 4ª mão, peçam emprestado a amigos que já tenham, etc... simplesmente para ver se gostam do desporto ou não. Nada vos obriga a comprar material todo XPTO para começar. Eu comecei com tacos antigos do meu tio e só tive tacos adaptados para mim há uns anos quando houve oportunidade financeira para tal.
  • Só para velhos é mentira: é o desporto que pode ser jogado dos 8 aos 80 (ou 100, mesmo).
  • Parado: efetivamente é um jogo parado para quem não entende do jogo e só o vê pela TV. Pegando nestas duas variáveis, aí sim, concordo. De resto, é tudo menos parado: eu gasto mais de 1000 calorias numa volta de 18 buracos, faço 7 km a pé em cada volta de 18 buracos, apanho ar puro em cada volta de 18 buracos, empurro um carrinho que pesa imenso em cada volta de 18 buracos... querem-me voltar a dizer que o golfe é parado? Pois, bem me parecia...

Desculpem, acabei por sair do tema do Open de Portugal.

No entanto, nem tudo foi mau. No último dia do Open, domingo 17 de Setembro, fui convidada a jogar num torneio de amigos para comemorar o 65º aniversário do pai de uma amiga que o golfe me deu ( muitos de vós o conhecem, o José Carlos Rodrigues - que também é árbitro).

Conheço a Patrícia aos anos. Por volta de 15 ou talvez mesmo mais (podem ver a nossa foto mais antiga neste vídeo)
E eu sempre fui grata ao golfe por me ter dado uma amiga para a vida. Não nos vemos com muita frequência, pois ela vive fora de Portugal, mas sempre que está de volta à terra-mãe, tratamos de conviver e dar uma jogatana de golfe.

Caraças, quão bom é jogar com os amigos, malta? É daqueles encontros que se espera o ano inteiro!

E claro que, mulher das fotografias que sou, não pude de deixar de registar mais um momento em que jogámos juntas.

Claro que neste dia tivemos de apanhar todo o tipo de climas: eram chuvadas enormes, era vento forte, era sol abrasador, era frio... Tudo a que tínhamos direito, obviamente.



Como disse, nem tudo foi mau. No final, restaurou-se o equilíbrio e eu aceitei a troca que o universo me propôs: falhei o Open mas vi a Patrícia, o que é sempre uma win.

Até ao próximo post!

Beijinhos golfistas,
mmap

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